Cidade: espaço geográfico onde se concentram pessoas, moradias e outras formas
de construção, organizadas em ruas, avenidas e praças e passa a oferecer
serviços diversos de infraestrutura: luz, saneamento, transporte, pavimentação,
coleta de lixo; serviços sociais como escolas, assistência médica, lazer, etc.
Município: parte do território nacional que forma os estados, delimitado por
fronteiras. Pode possuir zona rural e zona urbana.
URBANIZAÇÃO - Quando a população urbana cresce
mais do que a população rural.
Crescimento
natural: reprodução
natural da população. CV urbano é maior que o rural. Quase impossível de
ocorrer: urbanização é fator de queda na natalidade.
Aumento do êxodo rural: intenso movimento de pessoas do campo para a cidade. Forma
mais comum de crescimento.
A urbanização deve ser entendida como um processo que
resulta em especial da transferência de pessoas do campo para a cidade, ou
seja, crescimento da população urbana em decorrência do êxodo rural.
Um espaço pode ser considerado
urbanizado, a partir do momento em que o percentual de população urbana for
superior a rural.
Sendo assim, podemos dizer que hoje
o espaço mundial é predominantemente urbano. Mas isso não foi sempre assim,
durante muito tempo à população rural foi superior a urbana, essa mudança se
deve em especial, ao processo de industrialização iniciado no século XVIII, que
impulsionou o êxodo rural nos locais em que se deu, primeiramente na
Inglaterra, que foi o primeiro pais a se industrializar, e depois se expandiu
para outros países, como os EUA, França, Alemanha, etc., a maioria desses países hoje já são urbanizados.
Nos países subdesenvolvidos de
industrialização tardia, esse processo só começou no século XX, em especial a
partir da 2ª Guerra Mundial, e tem se dado até hoje de forma muito acelerada, o
que tem se configurado como uma urbanização anômala ou
desigual, trazendo uma série de consequências indesejadas para o espaço
urbano desses países.
Dois tipos de fatores que contribuem com o êxodo rural:
Repulsivos: são
aqueles que expulsam o homem do campo, como a concentração de terras,
mecanização da lavoura e a falta de apoio governamental.
Atrativos: são aqueles que atraem o homem do
campo para as cidades, como a expectativa de emprego, melhores condições de
saúde, educação, etc.
Em países subdesenvolvidos como o
Brasil, os fatores repulsivos costumam predominar sobre os atrativos, fazendo
com que milhares de trabalhadores rurais tenham que deixar o campo em direção
das cidades, o que em geral contribui com o aumento dos problemas urbanos na
medida em que as cidades não tem estrutura suficiente para receber esses
trabalhadores, com isso proliferam-se as favelas, aumenta a violência, faltam
empregos, dentre outros problemas.
Existem diferenças fundamentais no
processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos:
Países desenvolvidos
· Urbanização mais antiga ligada em geral a primeira e segunda
revolução industrial;
· Urbanização mais lenta e num período
de tempo mais longo, o que possibilitou ao espaço urbano se estruturar melhor;
· Formação de uma rede urbana mais
densa e interligada.
A urbanização que ocorreu nos países
desenvolvidos foi gradativa. As cidades foram se estruturando lentamente para
absorver os migrantes, havendo melhorias na infra-estrutura urbana e aumento da
geração de empregos. Assim os problemas urbanos não se multiplicaram tanto como
nos países subdesenvolvidos.
Países subdesenvolvidos
Urbanização mais recente, em
especial após a 2ª Guerra mundial; Urbanização acelerada e direcionada em
muitos momentos para um número reduzido de cidades, o que gerou em alguns
países a chamada “macrocefalia urbana";
A
macrocefalia urbana é o processo de crescimento urbano sem estrutura e
condições dignas de vida decorrente do aumento no número de habitantes de uma
cidade, causado pela migração.
Consequências da
urbanização acelerada:
· Aumento do desemprego por causa da
incapacidade de absorção dos imigrantes;
· Proliferação de submoradias:
favelas, cortiços, moradores de rua;
· Adensamento populacional e
dificuldade de acesso aos lugares;
· Ineficiência dos meios de
transportes públicos
· Adensamento de carros particulares
gerando engarrafamentos gigantescos
· Ineficiência ao acesso à educação e
a saúde
· Contrastes sociais nas paisagens
urbanas formando assim as segregações espaciais
· Construções de edifícios arranha-céu, dificultando a circulação de ar e aumentando o calor e a poluição
atmosférica.
Favela de Paraisópolis, em São Paulo. Esta é uma das consequências da rápida
urbanização em países subdesenvolvidos. Cria-se, assim, um meio social
extremamente favorável a proliferação de outros problemas: a violência urbana,
roubos, assaltos, sequestros, assassinatos, atingem milhares de pessoas todo o
ano fazendo muitas vitimas fatais. É por essas razões que o estresse é o “mal
do século”, atingindo principalmente os habitantes das grandes metrópoles.
Obs. Nas metrópoles dos países
desenvolvidos os problemas urbanos como violência, transito caótico, etc., também
estão presentes.
Aglomerações Urbanas
A expansão da urbanização gerou o
aparecimento de várias modalidades de aglomerações urbanas, além de termos que
cada vez mais fazem parte de nosso cotidiano, abaixo definiremos algumas dessas
modalidades e termos:
Rede urbana: Segundo Moreira e Sene (2002), "a rede
urbana é formada pelo sistema de cidades, no território de cada país,
interligadas umas as outras através dos sistemas de transportes e de
comunicações, pelos quais fluem pessoas, mercadorias, informações,
etc." Nos países desenvolvidos devido a maior complexidade da
economia a rede urbana é mais densa.
A região sudeste possui a mais
importante e desenvolvida rede urbana. Já as regiões norte e centro-oeste
possuem redes urbanas menos articuladas.
Hierarquia urbana: Corresponde a influência que exercem as cidades
maiores sobre as menores. O IBGE identifica no Brasil a seguinte hierarquia
urbana: metrópole nacional, metrópole regional, centro submetropolitano,
capital regional e centros locais.
Conurbação: Corresponde
ao encontro ou junção entre duas ou mais cidades em virtude de seu crescimento
horizontal. Em geral esse processo dá origem a formação de regiões
metropolitanas.
Megalópole
Segundo Coelho e Terra (2001),
metrópole seria à cidade principal ou cidade-mãe, isto é, a cidade que
possui os melhores equipamentos urbanos do país (metrópole nacional), ou de uma
grande região do país (metrópole regional)". No Brasil cidades como
São Paulo e Rio de Janeiro são metrópoles nacionais, e Belém, Manaus, Belo
Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza são metrópoles
regionais.
Megalópole Corresponde
a conurbação entre duas ou mais metrópoles ou regiões metropolitanas. No Brasil
temos a megalópole Rio-São Paulo, localizada no sudeste brasileiro, no vale do
Paraíba, incluindo municípios da região metropolitana das duas grandes cidades,
o elo de ligação dessa megalópole é a Via Dutra, estrada que interliga as duas
cidades principais
Região
metropolitana: Corresponde
ao conjunto de municípios conurbados a uma metrópole e que desfrutam de
infra-estrutura e serviços em comum.
Megacidade: Para ser mega
cidade só precisa de uma característica que é ter mais de 10 milhões de habitantes,
então uma cidade sozinha pode ter, uma metrópole geralmente é uma mega cidade,
mesmo que essa cidade não seja uma metrópole, não seja um ponto econômico, seja
pobre, ela continua sendo uma mega cidade se tiver mais de 10 milhões de
habitantes.
Tecnopolo: Espaço
que reúne, num mesmo lugar, diversas atividades de base tecnológica. Corresponde
a uma cidade tecnológica, ou seja, locais onde se desenvolvem pesquisas de
ponta. No Brasil, temos alguns tecnopolos localizados em especial no estado de
São Paulo, como Campinas (UNICAMP), São Carlos (UFSCAR), e a própria capital
(USP, etc.).
Cidade cosmopolita: São cidades que tem uma diversidade de nacionalidades, sendo muitos gêneros de pessoas em um mesmo ambiente, a imigração que permite o surgimento dessas cidades, infelizmente nessas cidades costumam aparecer grupos Xenofóbicos, que são grupos que tem aversão aos estrangeiros.
Belo Horizonte em processo de verticalização
Conhecido como "Vale do Silício
brasileiro", o tecnopolo da cidade de Campinas - interior do estado de São
Paulo - se destaca pelo número de Parques Tecnológicos, Centros de Pesquisas e
empresas instaladas na região
Cidade global: são as cidades que polarizam o país todo e servem de
elo de ligação entre o país e o resto do mundo, possuem o melhor equipamento
urbano do país, além de concentrarem as sedes das instituições que controlam as redes mundiais,
como bolsas de valores, corporações bancárias e industriais,
companhias de comércio exterior, empresas de serviços financeiros, agências
públicas internacionais. As cidades mundiais estão mais associadas ao mercado
mundial do que a economia nacional.
Essa cidade ao contrário da mega
cidade, não precisa de muitos habitantes, o que importa para receber essa
classificação é a sua força comercial, política, ou seja ser uma cidade de
âmbito global de importância.
Cidade cosmopolita: São cidades que tem uma diversidade de nacionalidades, sendo muitos gêneros de pessoas em um mesmo ambiente, a imigração que permite o surgimento dessas cidades, infelizmente nessas cidades costumam aparecer grupos Xenofóbicos, que são grupos que tem aversão aos estrangeiros.
Obs:Também podemos caracterizar as
cidades segundo sua maior atração e popularidade, assim podemos dizer que é
classificada como a sua principal função em cidades religiosa, políticas, culturais,
turísticas, comerciais, portuárias, industrial, etc.
Desmetropolização. Trata-se da redução do crescimento dos grandes centros urbanos
como São Paulo e Rio de Janeiro e o crescimento mais acentuado de cidades de
médio porte em diversas regiões do Brasil. A principal motivação para o
fenômeno da desmetropolização é a migração das indústrias em busca de menores
custos de produção e incentivos fiscais, além de redução do custo de vida nas
cidades de médio porte.
Verticalização: Processo de crescimento urbano que se manifesta
através da proliferação de edifícios. A verticalização demonstra valorização do
solo urbano, ou seja, quanto mais verticalizado, mais valorizado.
Belo Horizonte em processo de verticalização
Especulação imobiliária: Os especuladores imobiliários são aqueles
proprietários de terrenos baldios no espaço urbano que deixam estes espaços
desocupados a espera de valorização. Uma das consequências da especulação é a
falta de moradias em locais mais bem localizados, fazendo com que as populações
de mais baixa renda tenham que viver em áreas distantes do centro (crescimento
horizontal), ou em favelas.
Condomínios de luxo e favelas: os dois estão aqui juntos,
pois são fruto da segregação social e econômica que se vive nas cidades, sendo
eles o reflexo espacial dessas. Os condomínios são áreas fechadas muito
protegidas e bem estruturadas, onde em geral mora a elite; as favelas são áreas
sem infra-estrutura adequada e com graves problemas como o tráfico de drogas,
onde grande parte da população está desempregada, e a maioria dela é pobre.
Tipos de
cidades -
As cidades podem ser
classificadas da seguinte forma:
Quanto ao
sítio: sítio
urbano refere-se ao local no qual está superposta a cidade,
sendo classificada levando em consideração a questão topográfica.
Ex : cidades
onde o sítio é uma planície, um planalto, uma montanha, etc.
Quanto à
situação: situação
urbana corresponde à posição que ocupa a cidade em relação aos fatores
geográficos.
Ex: cidades fluviais, marítimas, entre
o litoral e o interior, etc.
Quanto à
função: função
corresponde à atividade principal desenvolvida na cidade.
Ex: cidades industriais, comerciais,
turísticas, portuárias, etc.
Quanto à
origem: pode
ser classificada de duas formas: planejada e espontânea.
Ex: Brasília, cidade planejada e
Belém, cidade espontânea.
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