Do ponto de vista político, o espaço geográfico é dividido em países que mantêm relações políticas e econômicas entre si. A maioria dos países são Estados soberanos, como o Brasil. Existem dependências, isto é, territórios que dependem de um país soberano. Como exemplos, podemos citar Curaçao e Bonaire - ilhas do Caribe, administradas pela Holanda. Um país é independente quando o poder que o Estado exerce sobre a população e sobre o território é reconhecido por outros Estados soberanos.
Os conceitos de país e Estado
são muitos semelhantes. Ambos definem um território social, política,
cultural e geograficamente delimitado. O Estado, entretanto, é uma entidade
jurídica que exerce soberania sobre o território e é reconhecido por outros
Estados. Existem Estados constituídos por um único país, como o Brasil, e
Estados formados por mais de um país, como o Reino Unido, constituído por
Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Pode ser o produto do trabalho de uma sociedade no decorrer a sua história, um território apresenta grande complexidade econômica e cultural. A noção de poder, domínio ou influência de vários agentes (políticos, econômicos e sociais) e a forma como eles moldaram a organização desse território no espaço geográfico expressam a territorialidade. Por esse motivo, não só os Estados exercem a territorialidade. Outros agentes, como as metrópoles mundiais, os organismos econômicos mundiais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), grandes empresas transnacionais e até mesmo organizações criminosas exercem a territorialidade, ou domínio, em várias regiões do espaço geográfico.
Nação e Estado - Nação são
conceitos diferentes. Uma nação é formada por pessoas que possuem pontos em
comum, como língua, tradições, costumes, valores e história.Quando uma nação é
organizada politicamente e exerce soberania sobre um território, é também um
Estado - Nação.
Há nações que não
possuem territórios soberanos, como os curdos, no Oriente Médio, e os bascos,
na França e Espanha, por isso
não são considerados estados - Nações.
Existem estados onde
vive mais de uma nação, como muitos países africanos onde se
encontram vários grupos étnicos.
Por outro lado, algumas
nações se espalham por mais de um Estado. É o caso dos palestinos em Israel,
na Jordânia e na Autoridade palestina (Cisjordânia e Faixa de Gaza ).
Um Estado - Nação é o
resultado de uma série de processos históricos através dos quais uma
sociedade estabelece uma organização política e uma organização jurídica. O Estado - Nação é essencialmente formado por três elementos: O território, um povo e a soberania.
Território,
Territorialidade e Soberania
Uma determinada área, em
qualquer ponto do espaço geográfico, pode ser definida por
seu tipo de governo, sua cultura, seu sistema
econômico e outros agentes que influenciam a sua organização e a
individualizam nesse espaço. O território é uma área delimitada do espaço
geográfico, onde o Estado - Nação exerce a territorialidade e a soberania, isto
é, onde o poder das autoridades de um governo é validado. O Estado é soberano
no território delimitado pelas fronteiras, onde exerce seu poder a partir de
uma cidade que abriga os órgãos governamentais, a capital. Pode ser o produto do trabalho de uma sociedade no decorrer a sua história, um território apresenta grande complexidade econômica e cultural. A noção de poder, domínio ou influência de vários agentes (políticos, econômicos e sociais) e a forma como eles moldaram a organização desse território no espaço geográfico expressam a territorialidade. Por esse motivo, não só os Estados exercem a territorialidade. Outros agentes, como as metrópoles mundiais, os organismos econômicos mundiais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), grandes empresas transnacionais e até mesmo organizações criminosas exercem a territorialidade, ou domínio, em várias regiões do espaço geográfico.
Onde termina um país e
começa outro
Em 2014, o mundo globalizado estava formado por 196
países independentes (Incluindo a Autoridade Nacional Palestina e o
Kosovo), bem como por vários territórios
não autônomos. Dentro de um continente um pais, e
separado de outros países, ou de outros países, por uma linha divisória
denominada limite e por uma faixa denominada fronteira política. Os limites
que marcam as fronteiras políticas podem ser representados pela
cartografia. Os limites internacionais representados nos mapas políticos
indicam até onde se estende o território de um país.Alguns têm um
grande território, como Rússia, China, Estados Unidos e Brasil. São
os chamados países continentais. Outros são muito pequenos,
como o Vaticano, Mônaco e Cingapura, denominados micropaíses.
Um país pode ter limites
internos, caso seja subdividido em partes menores, que podem ser de
apartamentos (na França), províncias (na argentina) ou estado (no Brasil).
Há países que fazem parte de
arquipélagos e são limitados pelo mar. Os limites muitos vezes são elementos
naturais: rios, lagos, mares, cadeias de montanhas. Outras vezes, o limite pode
ser marcado apenas por uma rua ou uma estrada.
Fronteiras
Políticas
Se, por um lado, as fronteiras e os limites são
elementos de separação de povos e culturas, por outro podem significar uma
aproximação entre nações vizinhas,quando essa separação territorial não implica
disputas e rivalidades étnicas ou religiosas.
As fronteiras políticas podem ser:
Efetivas: Quando representam limites
territoriais reconhecidos internacionalmente, como a fronteira entre o Brasil e
Uruguai.
Em litígio: Onde existe um limite territorial de fato, sobre o qual não há acordo, ou que está sujeito a arbitragem, como ocorre com Venezuela e Suriname.
Em litígio: Onde existe um limite territorial de fato, sobre o qual não há acordo, ou que está sujeito a arbitragem, como ocorre com Venezuela e Suriname.
Indefinidas: Onde não há limites fixos
demarcados entre os Estados; os limites mostram, apenas, áreas aproximadas de
soberania, como, por exemplo, entre Iêmen e Arábia Saudita.
As fronteiras políticas e os limites se alteram
As fronteiras políticas e os limites se alteram
A extensão dos territórios
estatais e seus limites internacionais são produto das diferentes formas de
relações entre as sociedades que habitaram e habitam o espaço geográfico.
Construídos pela natureza ou não, esses limites foram estabelecidos após
séculos de um passado em que houve guerras, acordos, conquistas e tratados. Daí
os limites e as fronteiras entre os países terem mudado radicalmente com o
passar do tempo e a história dos povos. Isso explica por que a divisão política
do mundo está sempre se alterando.
No século XX, dois fatos mudaram
profundamente os limites e as fronteiras de alguns continentes:
O processo de descolonização da
África e da Ásia, depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O fim do comunismo no leste
europeu e a desintegração da URSS (União das repúblicas Socialistas
Soviéticas), na década de 1990.
A descolonização da África modificou profundamente o traçado das
fronteiras e dos limites desses continentes. O planisferio ficou
muito diferente, sobretudo após as décadas de 1950 e 1960, quando muitos
colônias africanas e asiáticas conquistaram sua independência.
Na África, os limite dos novos países são o reflexo da
divisão territorial colonial. para delimitar esses traçados, as metrópoles
europeias não levaram em conta a existência de tribos nativas, de etnias e
culturas diferentes e, não raro, inimigas irreconciliáveis. As rivalidades
tribais conduziram a sangrentos conflitos após a descolonização as colônias
africanas. Na década de 1990, o leste
europeu foi muito afetado por mudanças de limites e de fronteiras
políticas.
Os
oceanos e as fronteiras políticas
Os oceanos também são objeto de legislação internacional, uma vez que
são muito ricos em recursos pesqueiros e exploração de petróleo, além de serem
via e circulação de comércio internacional e de turismo.
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar é o instrumento
mais importante para a regulamentação da exploração dos oceanos. Entrou em
vigor em 1994 e foi ratificada por 138 países, entre eles o Brasil. Segundo a
Convenção, os países costeiros têm completa soberania até 12 milhas (mais ou
menos 19 km) de seu litoral. A esse espaço denomina-se mar territorial. Além
disso, estabelece direitos sobre o mar patrimonial ou zona econômica exclusiva,
que se estende por cerca de 200 milhas (mais ou menos 320 km) mar adentro.
Nessa área, esses países asseguram a livre navegação, mas se reservam o direito
exclusivo da exploração dos recursos, como pesca e o petróleo.
O
continente sem fronteiras políticas
A Antártica é o único continente que não tem fronteiras políticas.
Existe um acordo internacional, o Tratado da Antártica, assinado em 1961, que rege
a situação jurídica do continente antártico. Seu principal objetivo é
garantir o uso pacífico da área, sua preservação e o conhecimento de suas
características através de pesquisa científica. O Brasil tem uma base
com esse fim no continente gelado, a base Comandante Ferraz. Apesar do
acordo, alguns países reivindicam o controle de uma parte da
Antártida.
Outras fronteiras de
globalização
Os lugares,
os territórios e as paisagens, são delimitadas ou separados por
fronteiras, que podem ter um significado mais amplo do que faixas de separação
entre países.
No mundo atual,
globalizado, existem muitas desigualdades,
por isso existem outros tipos de fronteiras, além das fronteiras políticas: fronteiras
naturais, econômicas, tecnológicas e supranacionais.
Fronteiras naturais
Fronteiras naturais
É grande a variedade de
paisagem naturais no espaço geográficos. Por isso, existem fronteiras que
separam os ecossistemas e os biomas da terra, como a floresta tropical, os
desertos, a tundra ou a floresta temperadas. São fronteiras determinadas por
elementos da natureza.
Fronteiras
supranacionais econômico e tecnologia
Nem sempre as fronteiras separam Estados nacionais, mas reunem vários
países dentro da área que delimitam.
Uma forma comum de união entre os países e a formação de blocos econômicos (União Europeia, Mercosul, Nafta,etc.). As fronteiras que separam esses blocos são denominadas supranacionais.
Uma forma comum de união entre os países e a formação de blocos econômicos (União Europeia, Mercosul, Nafta,etc.). As fronteiras que separam esses blocos são denominadas supranacionais.
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