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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Fronteiras e Globalização: velho conceito, novos processos.



Entende-se por fronteiras os limites terrestres, marítimos e aéreos ( físicos, como rios, ou abstratos, como linhas imaginárias), que separam um território de outro, delimitando o espaço que configura o território nacional ( ou uma unidade política). no entanto, nem sempre esse conceito está ligado apenas a uma dimensão política, conforme veremos a seguir diversos tipos de fronteiras:
Fronteiras políticas: foram criadas , sobretudo, para delimitar o território de um estado nacional, englobando também o espaço aéreo e suas águas territoriais. há muitos conflitos e tensões quando o assunto é fronteira internacional, visto os inúmeros conflitos que sempre ocorreram na história em decorrência disso. na dimensão política, esse conceito de fronteira está sobretudo ligado à questão da soberania nacional.
Fronteiras econômicas: por fronteiras econômicas, podemos entender  o processo de formação de mercados regionais em todo mundo advindo da globalização ( como o Mercosul, NAFTA, União Europeia, APEC) nos quais em muitos desses megablocos econômicos é permitida a livre circulação de pessoas, bens e serviços, ou mesmo os limites econômicos entre os setores de produção dentro de um determinado território, por exemplo no estado do Rio de Janeiro temos um setor Metal-Mecânico no sul do estado e a atividade extrativista no norte, com a exploração de petróleo, passando pela indústria têxtil na região serrana.
Fronteiras culturais: as fronteiras culturais são os limites territoriais entre os grupos étnicos e religiosos, caso por exemplo, dos índios no Brasil, ou num plano internacional, do povo Basco na Espanha, ou do povo palestino. em muitas dessas fronteiras podemos explicar conflitos étnicos entre muitos desses grupos. uma relação de uma determinada cultura impede que se chegue a outra . o que acaba muitas vezes gerando esses atritos.
Fronteiras naturais: são as fronteiras determinadas por elementos da natureza, como por exemplo, os climas, as florestas, os solos, relevo... geralmente, esses limites não correspondem aos limites políticos, como no caso do Brasil, temos o norte de minas com um clima semelhante ao do nordeste, no entanto, não corresponde ao mapa político. a Floresta amazônica também é um exemplo, se estendendo para países vizinhos ao Brasil. um dos casos em que um fator natural delimita partes políticas é nos montes Urais, na Rússia, que separam a Europa da Ásia.
 A pergunta que fica é: diante do atual processo de globalização, como podemos tratar o conceito de fronteira quando o capital global se impõe às culturas, e até mesmo à natureza? Há esse processo mesmo diante de uma unificação e interdependência cada vez mais acentuada? O imperialismo, a  exploração dos recursos naturais, sobreposição da cultura dos países hegemônicos nas relações de poder mundial e concentração de muitos recursos nas mãos de poucos são o contraponto dessa ideia de fronteira, que vem cada vez mais sendo dissipada em prol dos interesses dos países dominantes no cenário Geopolítico mundial, em que podemos perceber essa noção em que ser desenvolvido significa deixar de lado a cultura, as leis, e até mesmo os recursos naturais locais em busca de um desenvolvimento idealizado pelos próprios países hegemônicos do globo.
 Fronteira, Território e Territorialidade
As fronteiras dividem povos, separam nações e distanciam culturas. Essas barreiras imaginárias já foram cenário de batalhas sangrentas, em que pessoas se digladiavam com um único objetivo de ampliar o domínio geográfico de seus países.
Daí a ideia de as fronteiras serem conhecidas como linhas vermelhas, E entrar no território alheio pode ser uma afronta.
Os conceitos de território e territorialidade, no sentido de espaço ou área definida e caracterizada por relações de poder, estão interligados. A noção de poder, domínio ou influência de vários agentes (políticos, econômicos e sociais) no espaço geográfico expressa a territorialidade, daí a afirmação "entrar em território alheio" poder ser considerada uma afronta. O território é o espaço que sofre o domínio desses agentes, e à forma como eles moldaram a organização desse território chamamos territorialidade. As metrópoles mundiais, os organismos econômicos mundiais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), grandes empresas transnacionais e até mesmo organizações criminosas exercem a territorialidade, ou domínio, em várias regiões do espaço geográfico.
Para compreender o que é um território, é preciso considerá-lo como produto do trabalho de uma sociedade, com toda a sua complexidade econômica e cultural. Uma determinada área, em qualquer ponto do espaço geográfico, pode ser definida por seu tipo de governo, sua cultura, seu sistema econômico e outros agentes que influenciam a sua organização e que a individualizam nesse espaço. Na política, o território é o espaço nacional controlado por um Estado - nação.
As fronteiras delimitam ou separam os lugares, os territórios e as paisagens e podem ter um significado mais amplo do que simples linhas de separação entre países.
Principais tipos de fronteira
Fronteiras políticas: O espaço onde o Estado Nacional exerce sua soberania também é chamado território. Esses territórios são separados por limites, que muitas vezes são acidentes naturais (rios, lagos, cadeias de montanhas). Algumas vezes, esses limites são apenas rua ou uma estrada. De qualquer forma, construídos pela natureza, ou não, esses limites foram estabelecidos após séculos de um passado que envolveu guerras, acordos, conquistas e tratados.
Se, por um lado, as fronteiras são elementos de separação de povos e culturas, elas podem significar também uma aproximação entre nações vizinhas, quando essa separação territorial não implica disputas e rivalidades.
As fronteiras políticas podem ser:
Fronteiras efetivas, que representam limites territoriais reconhecidos internacionalmente, como a fronteira entre Brasil e Uruguai.
Fronteiras em litígio, onde existe um limite territorial de fato, sobre o qual não há acordo, ou que está sujeito a arbitragem, como ocorre com Venezuela e Suriname.
Existem ainda as fronteiras indefinidas, onde não foram demarcados limites fixos entre os Estados; os limites mostram, apenas, áreas aproximadas de soberania, como, por exemplo, entre lêmen e Arábia Saudita.
 Podemos representar essas fronteiras através da cartografia. A cada um desses territórios delimitados chamamos países. Hoje, no planisfério político, temos 192 países. Eram apenas 82, em 1950. À medida que novos países são acrescentados no mapa-múndi, aumenta o número de disputas de fronteiras internacionais.
 O Estado - nação é essencialmente formado de três elementos: 1) o território; 2) um povo; 3) a soberania.
A utilização do território pelo povo cria o espaço. As relações entre o povo e seu espaço e as relações entre os diversos territórios nacionais são reguladas pela função da soberania.
A ação das sociedades territoriais é condicionada no interior de um dado território: 1) pelo modo de produção dominante à escala internacional; 2} pelo sistema político; 3) pelos impactos dos modos de produção e dos momentos precedentes ao modo de produção atual."
O Estado é soberano no território delimitado pelas fronteiras, onde exerce seu poder a partir de uma cidade que abriga os órgãos governamentais, a capital.
Um Estado pode ter fronteiras internas, caso seja subdividido em partes menores, que podem ser departamentos (França), províncias (Argentina) ou estados (Brasil).
O conceito de nação envolve a existência de um povo organizado sob as leis do Estado. Os indivíduos que formam um povo são unidos por laços culturais comuns, como religião, língua, história, tradições e costumes. Encontramos, em alguns lugares, dois ou mais povos com características distintas, vivendo em um mesmo Estado. Essa situação desperta o sentimento de nacionalismo, isto é, o desejo de ter o seu próprio Estado-nação estabelecido em um território definido.
 A dança das fronteiras políticas
As fronteiras entre os países alteraram-se radicalmente com o tempo e a história. Na última década, o Leste europeu tem sido muito afetado por mudanças de fronteiras políticas. Depois da queda do comunismo, o mapa da Europa do Leste mudou profundamente de fisionomia. Países ficaram independentes, muitos se desmembraram ou juntaram-se.
A descolonização da África e da Ásia, após a Segunda Guerra Mundial, modificou profundamente o traçado das fronteiras desses continentes. O planisfério ficou muito diferente, principalmente após as décadas de 1950 e 1960, depois que muitas colônias africanas e asiáticas conquistaram a sua independência.
Na África, os limites dos novos países são, o reflexo das fronteiras coloniais. As metrópoles europeias não levaram em conta a existência de tribos nativas, de etnias e culturas diferentes e, não raro, inimigas irreconciliáveis, para delimitar esse traçado. As rivalidades tribais conduziram a sangrentos conflitos após a independência das colônias africanas.
 Fronteiras econômicas e geopolíticas
Nem sempre as fronteiras separam Estados nacionais. Elas podem significar, também, limites de entidades supranacionais (União Europeia, Mercosul, Nafta).
A era bipolar gerou o aparecimento de uma fronteira bem específica, que isolava o mundo capitalista do mundo socialista - a Cortina de Ferro.
A globalização também tem sua fronteira criada pelas desigualdades sociais, econômicas e de acesso à tecnologia: a linha que divide o mundo rico (países do Norte) do mundo pobre (países do Sul).
As novas migrações (de países pobres para ricos) criaram fronteiras político- econômicas, extremamente vigiadas para impedir a passagem de imigrantes ilegais. As duas mais concorridas são as fronteiras México -Estados Unidos e Marrocos-Espanha.
 Fronteiras naturais
Existem, ainda, fronteiras que separam os ecossistemas e são determinadas por elementos da natureza. São as chamadas faixas de transição, que funcionam como fronteiras entre ecossistemas diferentes. No Brasil, por exemplo, os ecossistemas amazônicos e da caatinga são separados pela Zona dos Cocais (Meio-Norte). Em escala global, os semidesertos formam uma fronteira natural ao longo dos desertos.

Atividades de compreensão sobre fronteiras e globalização
1) Explique o que se entende por fronteira.
2) Por que foram criadas as fronteiras políticas?
3) Fale sobre as fronteiras econômicas.
4) Comente sobre as fronteiras culturais.
5) Faça um pequeno texto sobre as fronteiras naturais.
6) Defina: fronteira, território e territorialidade.
7) Quais são os principais tipos de fronteiras? Descreva sobre elas.
8) Como é formado o Estado-nação?
9) Defina o conceito de Nação.
10) O que entende por Estado-nação citado no texto?
11) Como se deu a colonização europeia sobre o continente africano?
12) Que relação tem a globalização e o mapa  com as Fronteiras econômicas e geopolíticas?
13) Descreva sobre as fronteiras naturais.
                                             Capriche, tá!!                                                                   Carinhosamente, Celi Marques! 

A Questão Da Água No Mundo E No Brasil



  A água potável é um recurso finito, que se reparte desigualmente pela terra. Se pelo ângulo de seu ciclo natural a água é um recurso renovável, suas reservas não são ilimitadas. Diversos especialistas têm alertado que, se o consumo continuar crescendo todas as águas superficiais do planeta estarão comprometidas até 2100.
A carência de água é resultado da combinação de efeitos naturais, demográficos, sócio-econômicos e até culturais. Chuvas escassas, alto crescimento demográfico, desperdício e poluição de mananciais se combinam para gerar uma situação denominada de “estresse hídrico”.
A escassez de água em áreas do mundo, especialmente no Oriente Médio, tem feito surgir situações hidroconflitivas, isto é, casos de tensões geopolíticas geradas por conta da disputa pelo domínio e utilização de fontes de água, especialmente rios, quando estes atravessam regiões de vários Estados. Um dos pontos da explosiva Questão Palestina diz respeito à utilização das fontes hídricas existentes na Cisjordânia, região localizada junto ao rio Jordão. Síria, Iraque e Turquia há muito tempo vêm tendo desavenças no que diz respeito à utilização das águas dos rios Tigre e Eufrates, que têm suas nascentes em território turco mas, que cruzam áreas dos outros dois países. Muitos especialistas já chegam a afirmar que os eventuais conflitos que ocorrerem no Oriente Médio ao longo do século XXI serão causados cada vez mais pela água e cada vez menos pelo petróleo. Apesar de 75% da superfície do planeta ser recoberta por massas líquidas, a água doce não representa mais que 3% desse total. O problema é que apenas um terço da água (presente nos rios, lagos, lençóis freáticos superficiais e atmosfera) é acessível. O restante está imobilizado nas geleiras, calotas polares e lençóis freáticos profundos.
Atualmente cerca de 50% das terras emersas já enfrentam um estado de penúria em água. De cada 5 seres humanos, um está privado de água de boa qualidade para consumo e cerca de metade dos habitantes do planeta não dispõe de uma rede de abastecimento satisfatória. Ao longo do século XX, a população mundial foi multiplicada por três, as superfícies irrigadas por seis e o consumo global de água por sete. Ao mesmo tempo, nas últimas cinco décadas, a poluição dos mananciais reduziu as reservas hídricas em um terço. Os recursos disponíveis atualmente poderiam ser utilizados de forma mais eficaz se fossem reduzidas a poluição, desenvolvidos processos de reciclagem das águas, houvesse uma melhor conservação das redes de distribuição, fosse evitado o desperdício e aceleradas as pesquisas sobre culturas agrícolas menos exigentes à água e mais tolerantes ao sal. A dessalinização da água do mar só é realizada em poucos países e, mesmo assim, as quantidades obtidas não cobrem as grandes necessidades.
A escassez de água, que muitos apontam como um dos principais problemas ambientais do mundo para o século XXI, afeta ou pode afetar o Brasil? Do ponto de vista genérico, a resposta é não. Em outras escalas de análise a resposta é positiva. Localizado em sua maior parte na Zona Intertropical, com domínio de climas quentes e úmidos, cerca de 90% do território brasileiro recebe chuvas cujos totais normalmente variam de 1.000 a 3.000 milímetros anuais. A única grande área que foge a este padrão é o Sertão nordestino, região que ocupa cerca de 10% do território nacional. Devido a estas características climáticas e às condições geomorfológicas dominantes, o Brasil possui importantes excedentes hídricos cujo resultado é o da existência de uma das mais vastas e densas redes de drenagem fluvial do mundo. Como conseqüência, nossa produção hídrica equivale a pouco mais que metade do total da América do Sul e cerca de 12% do total mundial. Quatro grandes bacias hidrográficas – Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná - são responsáveis por 85% de nossa produção hídrica. Se é verdade que o Brasil possui abundância de águas superficiais, é também verdade que esses recursos hídricos não estão distribuídos eqüitativamente pelo território. Apenas na área das bacias Amazônica e do Tocantins-Araguaia, a produção hídrica corresponde a 73% do total do país. Nessas áreas, de forma geral, as densidades demográficas são muito baixas e variam de 2 a 5 hab/km². No outro extremo, na bacia do Paraná (6,5% da produção hídrica), as densidades dominantes estão entre 25 e 100 hab/km². Justamente aí situam-se a maior metrópole do país e algumas das áreas mais dinâmicas da economia brasileira. Aí que estão também os mananciais mais exigidos e poluídos do país. Organizações internacionais como a ONU (Organização das Nações Unidas) e o Banco Mundial adotam índices para classificar a disponibilidade hídrica social e seu impacto social. Segundo a ONU, as áreas críticas do mundo são aquelas cuja disponibilidade não chega a 1.000 m³ anuais por habitante. Para o Banco Mundial, provavelmente influenciado pelos altos níveis de consumo verificados nos Estados Unidos, utiliza critérios mais exigentes: considera que a situação de “estresse hídrico” ocorre quando a disponibilidade hídrica é inferior a 2.000 m³ anuais por habitante. Nenhuma unidade federativa do Brasil apresenta índices inferiores a 1.000 m³ anuais por habitante. Todavia, estão em situação de estresse hídrico segundo os critérios do Banco Mundial, os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e o Distrito Federal. A aparente abundância de água no Brasil tem sustentado uma cultura de desperdícios, e carência de investimentos em programas de uso e proteção de mananciais. Os problemas de abastecimento na atualidade ainda estão restritos a poucas áreas e decorrem da combinação da irregularidade das condições climáticas, especialmente pluviométricas (Sertão do Nordeste), do crescimento exagerado do consumo e degradação ambiental de outras áreas (grandes metrópoles, por exemplo). Essa situação tem como pano de fundo o rápido e caótico processo de expansão urbano-industrial e a ausência de planejamento ambiental na valorização econômica de amplas áreas do país.


                               Sobre o texto “A QUESTÃO DA ÁGUA NO MUNDO E NO BRASIL” Responda:
 1.Coloque V ou F.
a-(   ) A água potável é um recurso finito
b-(   ) A carência de água é resultado da combinação de efeitos naturais, demográficos, sócio-econômicos e até culturais.
c-(   ) O Oriente Médio é a região que mais sofre com situações hidroconflitivas.
d-(   ) Uma disputa hidroconflitiva, diz respeito a Síria, Iraque e Turquia que disputam a utilização das águas dos rios Tigre e Eufrates.
e-(   ) Palestina e Cisjordânia vivem em conflito pelo uso das águas do Rio Jordão.
f-(   ) Especialistas dizem que eventuais conflitos no Oriente Médio serão causados mais pela água e menos pelo petróleo.
g-(   ) De cada 5 seres humanos, um está privado de água de boa qualidade para consumo
h-(   ) Metade dos habitantes do planeta não têm rede de abastecimento de água satisfatória.
i-(   ) Devido as características climáticas e às condições geomorfológicas o Brasil possui hídricos é a existência de uma das mais vastas redes de drenagem fluvial do mundo.
j-(   ) Quatro grandes bacias hidrográficas – Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná - são responsáveis por 85% da produção hídrica do Brasil.
k-(   ) Na área das bacias Amazônica e do Tocantins-Araguaia, a produção hídrica corresponde a 73% do total do país, mas nessa área as densidades demográficas são muito baixas (de 2 a 5 hab/km2)
l-(   ) Na bacia do Paraná (6,5% da produção hídrica), as densidades demográficas estão entre 25 e 100 hab/km², aí está a maior metrópole do país, as áreas mais dinâmicas da economia e os mananciais mais poluídos do país.
2. Se a água é um recurso renovável, porque tanta preocupação com sua escassez?
3. A combinação de quais situações gera o chamado “ESTRESSE HÍDRICO”?
4. O que são tensões hidroconflitivas?
5. Por que existe tanta escassez de água se  75% da superfície do planeta é recoberto por massas líquidas?

Ao longo do séc.XX, a população mundial foi multiplicada por 3, as superfícies irrigadas por 6 e o consumo global de água por 7.
 6. Qual foi a  principal conseqüência dos acontecimentos descritos acima?


 7. Como os recursos hídricos disponíveis hoje, poderiam ser mais bem utilizados?
 8. O que é dessalinização?
 9.  A escassez de água afeta ou pode afetar o Brasil?
10. Segundo os critérios do Banco Mundial, que estados brasileiros passam por estresse hídrico?
11. Por que no Brasil tem pouco investimento em programas de proteção a mananciais?
12) Qual a sua sugestão para que não venha faltar água potável em nossa região? O que tem feito para contribuir?

Reordenamento do Território: Cidades tecnopolos



São cidades que concentram grande número de empresas, profissionais, estudantes e universidades ligados às diversas áreas de tecnologia.
Os polos tecnológicos começaram a se desenvolver nestas cidades, a partir da segunda metade do século XX, com o grande avanço tecnológico. Neste período, muitas empresas de tecnologia buscaram se estabelecer em cidades que contavam com universidades, que desenvolviam projetos e pesquisas em áreas tecnológicas. Além de aproveitar os conhecimentos gerados (inovações científicas), estas empresas procuravam também mão-de-obra especializada.
Atualmente, existem centenas de cidades tecnopolos no mundo todo, principalmente nos países desenvolvidos e emergentes. Produção de softwares, tecnologia da informação, biotecnologia, criação de aplicativos, robótica, automação industrial e telecomunicações são as principais áreas presentes nestas cidades.
Principais características:
 Presença de universidades de alto nível, com cursos nas áreas de tecnologia de ponta e desenvolvimento de pesquisas.
 Presença de mão-de-obra, em grande quantidade e qualidade, nas diversas áreas de tecnologia.
 Incentivos municipais para a criação de polos tecnológicos em determinadas áreas ou bairros da cidade.
 Localização em grandes centros urbanos ou próximos a eles, para aproveitar a infraestrutura oferecida.
Exemplos de cidades tecnopolos no Brasil:
Campinas (no interior de SP) – concentra laboratórios tecnológicos da Unicamp (Universidade de Campinas), empresas de tecnologia de ponta, incubadoras e parques industriais. É, provavelmente, a maior cidade tecnopolo do Brasil da atualidade.
São José dos Campos (interior de São Paulo) – presença importante do ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica) e da empresa EMBRAER. Este tecnopolo se destaca nas áreas de aeronáutica e aeroespacial.
São Carlos (interior de São Paulo) – a presença da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), como importante centro de pesquisa tecnológica, justifica a grande quantidade de empresas de tecnologia de ponta na cidade.
Blumenau (em Santa Catarina) – destaque para a área de desenvolvimento de softwares.
Recife: destaque para a presença do Porto Digital, com várias empresas das áreas de softwares e economia criativa.
Belo Horizonte (em Minas Gerais) – presença do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), ligado a Universidade Federal de Minas Gerais.
 Exemplos de cidades tecnopolos no Mundo:
 Polo Alto, São Francisco e Santa Clara (cidades do Vale do Silício na Califórnia, EUA) – região com grande concentração de empresas de tecnologia, principalmente, Tecnologia da Informação (TI), microinformática (desenvolvimento de chips de computador) e desenvolvimento de softwares diversos. Essas empresas são beneficiadas pelas inovações tecnológicas geradas nas universidades de Stanford, Berkeley e UCLA (Universidade da Califórnia).
 Boston (no estado de Massachusetts, EUA) – grande concentração de empresas voltadas para tecnologia de ponta. Presença de excelentes universidades: MIT e Harvard.
Cambridge e Londres – na Inglaterra. -- Kansai e Tsukuba no Japão. -- Taedok – na Coreia do Sul.
 Munique – na região sudeste da Alemanha. --- Paris Axe Sud – região metropolitana de Paris (França).
ATIVIDADES
1. O que são tecnopolos?
2. Atualmente onde as empresas se instalam?
3. Atualmente, em que tipo de países existe mais tecnopolos?
4. Quais são as principais áreas tecnológicas presentes nos tecnopolos?
5. Marque (X) nas principais características das cidades que são tecnopolos:
a- (   ) Presença de universidades de alto nível, com cursos nas áreas de tecnologia de ponta e desenvolvimento de pesquisas.
b- (   )  Presença de mão-de-obra qualificada nas diversas áreas de tecnologia.
c- (   ) Localização em grandes centros urbanos ou próximos a eles, para aproveitar a infraestrutura oferecida.
6. Quais são os principais tecnopolos do Brasil?
7. Qual é o maior tecnopolo do Brasil e como é esse tecnopolo?
8. O que significa a sigla EMBRAER?
9. Que tecnopolo brasileiro se destaca na área de aeronáutica e aeroespacial?
10. Que tecnopolos brasileiros se destacam na área de desenvolvimento de softwares?
11. Em que tecnopolo fica a universidade de Harvard?
12. Cite 5 dos principais tecnopolos  do mundo.
13. Onde fica o Vale do Silício? Oque é desenvolvido nesse tecnopolo?
14. Os mapas apresentam o número de cidades médias (entre 100.000 e 500.000 habitantes) no território brasileiro em 1970 e nos dias atuais.
Com base nos mapas e nos seus conhecimentos, assinale a afirmativa correta.
a) O número de cidades médias da região Norte manteve-se inalterado, resultado das políticas de conservação ambiental.
b) Aumentou o número de cidades médias, o que indica que a riqueza, antes concentrada nos grandes centros urbanos, vem sendo distribuída também nas médias aglomerações.
c) A região Nordeste, considerada a mais pobre do país, apresenta hoje poucas cidades médias, resultado do elevado contingente migratório em direção ao Centro-Sul.
d) O aumento do número de cidades médias pós década de 70 do século XX deve-se principalmente à política de incentivos fiscais para a instalação das multinacionais nas metrópoles nacionais, aumentando a demanda por mão-de-obra especializada.

Fluxo de Comércio - OMC



A OMC, organização internacional que dispõe, atualmente, de mais de 150 países membros, envolvidos com as questões de comércio internacional iniciou suas atividades em 1º de janeiro de 1995 e desde então é o principal administrador o sistema multilateral de comércio. A organização tem por objetivo estabelecer um marco institucional comum para regular as relações comerciais entre os diversos Membros que a compõem, estabelecer um mecanismo de solução das controvérsias comerciais, tendo como base os acordos comerciais atualmente em vigor, e criar um ambiente que permita a negociação de novos acordos multilaterais e plurilaterais entre os Membros. Em novembro de 2001, em Doha, no Catar, foi lançada a primeira rodada de negociações multilaterais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), e a nona desde a criação do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT). A rodada de Doha são negociações da Organização Mundial do Comércio que visam diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, com foco no livre comércio para os países em desenvolvimento. As conversações centram-se na separação entre os países ricos, desenvolvidos, e os maiores países em desenvolvimento (representados pelo G20). Os subsídios agrícolas são o principal tema de controvérsia nas negociações. Sob a denominação indicativa de Rodada de Desenvolvimento de Doha, os Ministros das Relações Exteriores e de Comércio comprometeram-se a buscar a liberalização comercial e o crescimento econômico, com ênfase nas necessidades dos países em desenvolvimento. As negociações incluem: agricultura, acesso a mercados para bens não agrícolas (NAMA), comércio de serviços, regras (sobre aplicação de direitos antidumping, subsídios e medidas compensatórias, subsídios à pesca e acordos regionais), comércio e meio ambiente (incluído o comércio de bens ambientais), facilitação de negócios e alguns aspectos de propriedade intelectual e. Uma discussão horizontal sobre tratamento especial e diferenciado a favor de países em desenvolvimento procura assegurar que suas necessidades especiais sejam contempladas.
ATIVIDADES
 1) Qual é a função da OMC?
2) Qual é o objetivo da OMC?
3) O que foi a Rodada de Doha?
4) O que significa a sigla GATT?
5) O que é o G20?
6) Qual foi o tema mais controverso da Rodada de Doha?
7) Quais são os temas de negociação da rodada de Doha?

OCDE: EMERGENTES TERÃO 60% DO PIB MUNDIAL ATÉ 2030


Relatório da organização mostra uma transformação da riqueza global que vem acontecendo nos últimos 20 anos. 
Paris - Em 2030, quase 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo estará concentrado nos países em desenvolvimento, como resultado de uma "transformação estrutural de importância histórica" na economia mundial, afirmou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em um relatório divulgado. Em 2000, os países que não integram a OCDE (atualmente formada por 34 países) representavam 40% da produção mundial, mas em 2030 concentrarão 57%, segundo o estudo, intitulado "Perspectivas sobre o desenvolvimento mundial 2010: riqueza em transformação". O informe assinala que "o rápido crescimento das economias emergentes levou a uma reacomodação do poder econômico" e deu lugar a uma "nova geografia do crescimento mundial" e indica que "a crise financeira e econômica acelerou esta transformação estrutura da economia". "As previsões sugerem que os países em desenvolvimento e os emergentes representarão quase 60% do PIB mundial em 2030", afirma a primeira edição deste informe anual. Exemplo dessa "transformação estrutural" que foi acontecendo nos últimos 20 anos é o caso da China, enfatiza a OCDE, país que, em 2009, se converteu no principal sócio comercial do Brasil, Índia e África do Sul. "O centro de gravidade econômico do planeta se deslocou para o Oriente e o Sul; de membros da OCDE a economias emergentes", afirma o documento, que classifica o fenômeno de "riqueza em transformação".     Disponível em . Acesso em 16 Nov. 2010 [Texto adaptado]

Quais os países  emergentes que são citados no texto?
Qual a conclusão apresentada pelo relatório acima?
O se pode entender com a expressão “riqueza em transformação”?

Regionalização e Mercado ... BRIC



A sigla Bric dá nome a um grupo formado por países considerados, nos últimos anos, como potências econômicas emergentes: BrasilRússiaÍndia e China. Entre 2008 e 2009, frente à crise econômica mundial, a importância do grupo ultrapassou a área econômica, e a presença desses quatro países tornou-se indispensável em todas as discussões políticas. Segundo estudos, no decorrer das próximas décadas, Brasil, Rússia, Índia e China deverão ascender ao topo do ranking das maiores economias do planeta, desbancando potências como o Japão e Alemanha. Dentre as consequências dessa evolução, devemos salientar a afluência de uma massa de novos consumidores, já que entre 2005 e 2015, os rendimentos de cerca de 800 milhões de pessoas (nos quatro países) poderão cruzar a marca de 3.000 dólares anuais, a linha divisória para o patamar de consumo de classe média. Considerando-se que há hoje no mundo cerca de 2 bilhões de pessoas nessa faixa de renda, o Bric pode fazer o mercado consumidor global crescer quase 50% em apenas dez anos. Incluir quase 1 bilhão de novos consumidores no mercado certamente causará um impacto sem precedentes sobre a demanda de bens e serviços. Em 2006, 700 milhões de pessoas tinham acesso à telefonia móvel nos Bric - até 2011 serão quase 2 bilhões. A força dos Bric provém, em grande parte, da enorme fatia da população mundial existente nos quatro países, onde vivem 2,7 bilhões de habitantes, o equivalente a 40% da humanidade. Brasil- O Brasil é um dos países que mais ganha com o aumento do intercâmbio com os outros Bric, participando de modo crescente como fornecedor de alimentos e de matérias-primas. Nos últimos anos, por exemplo, as exportações do agronegócio brasileiro para a China, lideradas por soja e carne de porco, cresceram 450%. O Brasil, contudo, é considerado uma incógnita pelos analistas econômicos, especialmente quanto à sua capacidade para lidar com seus três principais problemas: carga tributária pesada, infraestrutura precária e educação deficiente.
 Veja, abaixo, as vantagens e desvantagens de Brasil, Rússia, Índia e China: 
PRÓS E CONTRAS
Alguns fatores que impulsionam a expansão econômica de cada um dos Bric e problemas que podem atrapalhar o crescimento desses quatro países emergentes
BRASIL
Vantagens
Desvantagens
Potencial para ser o maior fornecedor mundial de produtos agrícolas
Carga tributária pesada e informalidade disseminada em muitos setores
Grandes reservas minerais
Infraestrutura precária
Parque industrial diversificado
Educação deficiente
RÚSSIA
Vantagens
Desvantagens
Reservas abundantes de petróleo e gás natural
População com média de idade elevada e baixo índice de natalidade
População com bom nível educacional
Altos índices de corrupção e criminalidade
Carga tributária baixa

ÍNDIA
Vantagens
Desvantagens
Avanço em setores de tecnologia, como informática
Infraestrutura precária, com áreas urbanas caóticas
Grande população jovem e em crescimento acelerado Elite bem formada e atuante
Sociedade organizada por sistema arcaico de castas e dividida por conflitos étnicos e religiosos


CHINA
Vantagens
Desvantagens
Alta capacidade industrial
População com tendência de envelhecimento rápido
Potencial para ter o maior mercado consumidor do mundo
Progresso realizado com grande devastação ambiental
Investimento intensivo em infraestrutura e educação
Sistema político ditatorial                  Fonte: Revista Exame



ATIVIDADES
1- O que é a BRIC?
2- O que significa a sigla BRIC?
3- Que economias poderão ser ultrapassadas elos países da BRIC, nas próximas décadas?
4- Que consequência pode ter essa ascensão dos países da BRIC para a população?
5- De acordo com o texto, de onde vem a força dos países da BRIC?
6- Por que o Brasil é o país que mais lucra com o comércio entre os países da BRIC?
7- Quais são os três principais problemas que atrapalham o desenvolvimento econômico e social do Brasil?
8- Comente as vantagens e desvantagens que impulsionam a expansão econômica de cada um dos Bric e as desvantagens que podem atrapalhar o crescimento desses quatro países emergentes.

Fluxo econômico e a relação entre os blocos econômicos - Texto e exercicios


Blocos Econômicos: Nafta(EUA), União Europeia (Alemanha) e Bacia do Pacífico(Japão)
Causas: Desmembramento da União Soviética (1991);
Reestruturação econômica Alemã e Japonesa (década de 60).

BLOCOS ECONÔMICOS: São associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si por meio de tratados que visam o aumento da prosperidade geral dos membros e podem ser classificados, segundo o grau de complexidade. Os blocos comerciais são normalmente agrupados em quatro categorias distintas, sendo: Zona de Livre Comércio, União Aduaneira e Mercado Comum e União Econômica e Monetária.

Área ou Zona de livre Comércio- Estágio inicial da Organização Econômica, onde se encontra o nafta- liderado pelos EUA-
Livre circulação de Mercadorias. Livre circulação de investimentos. Moeda Nacional é Mantida.

Mercado Comum –. Mercosul- liderado pelo Brasil -encontra-se neste estágio.
 Livre circulação de Mercadorias. Livre circulação de investimentos. Circulação parcial de pessoas.

União Aduaneira- A União Europeia- liderado pela Alemanha- encontrava-se neste estágio.
 Livre circulação de Mercadorias. Livre circulação de investimentos. Circulação total de pessoas. Serviços.

União Econômica e Monetária- A União Européia- liderado pela Alemanha, encontra-se neste estágio.
 Livre de Mercadorias. Livre circulação de investimentos. Circulação total de pessoas. Serviços. Moeda Única

Organizações Econômicas Internacionais:
União Européia (ex- M.C.E.)- Alemanha
Bacia do Pacifico- Japão - Nafta- Estados Unidos
APEC:Ásia –Pacífico (bloco emergente)Japão – Pacific Economic Community
ALCA: Área de Livre Comércio das Américas (deveria ter entrado em vigor a partir de 2005).
Atividades.
1-Quais são os tipos de regionalização do mundo?
2-Quando o mundo passou a ser regionalizado em blocos econômicos?
3- Como são chamados os novos países industrializados do Sudeste Asiático?Com que país se unem para fortalecer seu comércio?
4-Como foi chamado o plano feito pelos EUA para reestruturar a economia da Europa depois da guerra?
5- Como foi chamado o plano feito pelos EUA para reestruturar a economia do Japão depois da guerra?
6-Como é chamada a ordem econômica que vivemos hoje? Por que?
7--Como era chamada a ordem econômica em que EUA e URSS dividiam a influencia no planeta?
8--Na regionalização Leste /Oeste do Planeta ,que dois sistemas econômicos disputavam hegemonia no mundo?
8-Como era a regionalização do planeta em três mundos?
9-Como é a regionalização do planeta em Norte e Sul?
10-Como é a atual regionalização multipolar do planeta? E quais são suas moedas?
11-Quais as causas dessa nova ordem multipolar?
12-O que são Blocos Econômicos?
13-Quais são as categorias em que são agrupados os blocos econômicos?
14-Em que estágio encontra –se cada líder da economia mundial atual,inclusive o Brasil?
15-Quais são as principais organizações econômicas internacionais da atualidade ? 
 16-Quais são as características de cada categoria dos blocos econômicos ?
Zona de livre Comércio
Mercado Comum
União Aduaneira
União Econômica e Monetária